Os Alquimistas
Após sucessivas infiltrações e
conquistas árabes na Europa e graças às Cruzadas, a sabedoria esotérica
terminou por influenciar uma série de pensadores e movimentos místicos. Temos a
influência súfi, não só na península ibérica, como também na França, Inglaterra
e em certa medida nas terras germânicas e nos Estados da península itálica.
Uma
grande influência súfi na Europa foi trazida pela tribo nômade dos Annás(ou
A’nz). Tendo como seu estandarte um bode, os místicos dos Annás entregaram seus
símbolos aos Templários, além de muitos princípios herméticos que remontam aos
períodos dos caldeus. A palavra caldéia Anas significa Água; Anás, portanto,
quer dizer “Guardiães das Águas”(da Vida).
Os
conceitos alquímicos de Elixir da Longa Vida, Pedra Filosofal, Pedra Cúbica,
Cornucópia da Abundância etc., vêm das escolas de Mistérios árabes, as quais
absorveram, como já dissemos, muito da tradição egípcia. A finalidade do
Alquimista era produzir o melhor ouro transmutado do chumbo. Os processos
secretos para a obtenção do ouro alquímico eram extremamente complexos. Exigiam disciplina, rigor no
método e acima de tudo pureza moral e espiritual.
Apesar
de se conhecer uma série de casos de pesquisadores que realizaram prodígios
químicos, conseguindo ouro realmente físico, a finalidade essencial da tradição
alquimista era transmutar o mundo interior do próprio praticante, sua Alma
mesmo.
Um
bom exemplo de alquimista material (ou Soprador) foi o inglês John Dee. Nascido em 1527, o Sr. Dee, graças à sua
sensibilidade psíquica, desde cedo se interessou por pesquisar velhos
manuscritos que conseguia encontrar em bibliotecas, alfarrábios etc. Ele e seu
inescrupuloso amigo Edward Kelley compraram de um velho estalajadeiro um
pergaminho escrito em língua galesa antiga que tratava da transmutação de
metais. Indagado de sua procedência, Dee soube que o manuscrito surgira da
violação do sepulcro de um arcebispo inglês, Dunstan de Cantuária (conhecido
até hoje como o padroeiro dos ourives). Ao entrar no túmulo de São Dunstan, Dee
e seu amigo descobriram algo interessante não achado pelos anteriores
profanadores. Encontraram um par de ânforas, cada qual contendo um estranho pó,
um deles de cor vermelha e outro branco, e que eram, segundo o manuscrito em
sua posse, ingredientes essenciais à boa execução do magnus opus. Os dois pesquisadores realizaram muitíssimos prodígios
com os materiais encontrados, porém a ingenuidade e a ganância os levaram à
ruína.
Entretanto,
os verdadeiros alquimistas eram transmutadores de Alma, e não de elementos
grosseiros, como se crê vulgarmente nos dias de hoje. Temos, a título de
ilustração, alguns alquimistas espirituais: Paracelso, Raimundo Lulle, Alberto
Magno, Fulcanelli, Nicolas Flamel e sua esposa Perrenelle, Cornélio Agripa,
Merlin, Eliphas Lévi, o Abade Trithemius, Al-Ghazali, Samael Aun Weor,
D’Espagnet, Rumi etc...
1 Comment:
Olá amiga vim te convidar a conhecer meu blog e ser minha seguidora.Eu já estou te seguindo,Bjus!
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